CANTIGA DE SOLDADOS

 

Silêncio – que eles durmam.
Que os homens sonhem
que os seus corpos servem apenas
para brincar, para desejar.
Que liberem os seus corpos das fardas,
que sejam alheios
a actos de cólera.
Trazei-lhes elmos com violetas
para que eles ornem túmulos de soldados.
Que vagabundeiem, livres das suas armas,
até não achar mais conflitos.
Ide! – Que durmam
até retornarem a casa,
desesperados e cheios de amor.

 

Tradução: Jeroen Datema

© Henk van Zuiden